sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Viver é contrário de aproveitar a vida.

Pela correria da vida, de sempre querer conquistar espaço e "status", esquecemos daquilo que na infância nos fazia bem: correr e ficar horas apreciando os pássaros; o sol se pondo; andando de bicicleta; ou, até mesmo, apreciando a beleza das variadas cores das flores; ter amigos e nestes "gravar" os maiores segredos e vice-versa; amar demais e considerar seus "super-heróis", os pais; sentir uma alegria que combatia qualquer tipo de tristeza mediante um sorriso, ou até mesmo, uma gargalhada.
Entretanto, a nostalgia é contagiante e tornamo-nos adultos recheados de dúvidas, amarguras e sofrimentos (na maioria das vezes por pessoas que não correspondem o amor ou desvincularam o que mantinham). Ficamos enclausurados dentro do tempo correspondente por ponteiros e sentimos a necessidade de mais uma hora, pois 24 horas são pouquíssimas. Apesar que, não são mais essas horas, é perceptível a diminuição desta.
Somente nos guardamos para realizações pessoais e quanto mais crescemos, mais tornamo-nos pessoas egocêntricas e dominadas pelo poder do dinheiro. Perdemos o interesse pelos familiares, eles tornam-se "ajudantes", "criadores" que em uma determinada idade deixam seus cargos, pois suas crias estão suficientemente "educadas". Amigos são providos de interesses e para colocar "papo em dia", "sair à noite"; os segundos não são mais trocados; a confiança já não se estabelece, porque o medo de ser traído e o tempo perdido, para se escutar e falar palavras que abençoariam aquela vida, são grandiosos.
Dessa forma, a banalização do amor acontece. É muito melhor sentir prazer, atração carnal, paixões passageiras do que ter um relacionamento sério e compartilhar emoções de suas diversificadas formas divididas com outro(a). É muito menos "doloroso".

Ter mais dinheiro e diversão em lugares "top's", visitados por artistas; em lojas caríssimas, e até mesmo, um "simples" shopping são divertimento. Ir a pé para algum local, comer hambúrguer, sentar no banco da praça, rir das loucuras da vida é para uma "classe inferior" e chata.
No final da noite, esses indivíduos que compartilham deste "mundo", sentem um vazio por dentro, envolvem-se novamente na realidade dos seus problemas e devem se questionar o porquê de tal "buraco", se tudo que passa é bom, é necessário da forma como é.
Entretanto, todo ser humano necessita estimular as vitalidades, a integração com outros, para que não haja o trancamento de si mesmo. Porque um indivíduo que mantém um convívio superficial; que ao acordar nem se interessa pelo que acontece, mas o funcionamento, o rendimento, o de querer "acabar com os problemas", a futilidade, o aprisionamento das marcas e da beleza comercial, a co-dependência do passado, de vícios (dos mais variados tipos) acresce ao fracasso, gerando depressão.
Devemos sempre apreciar, preservar o que tornou "passado", "velho", "antigo" sem ser. Se não, tudo que se aproveita na vida e se diz como vida, se transforma em si mesmo na solidão. Esta é um sentimento que corrói o indivíduo, ou seja, como se todos fôssemos um vidro, aos poucos vão quebrando ao jogar pequenas pedras, pequenos "utensílios", chegando ao ponto de estilhaçarem com um paralelepípedo.


Não cegue-se com superficialidades e "prisões" mentais, sociais e internas; porém, viva a vida. Tire a venda que não faz você viver a verdade, uma liberdade.

Abraços, Thaís.

2 comentários:

  1. Olá thaís!
    quero te parabenizar pelo blog!
    Que Deus possa continuar abençoando teu raciocínio de uma forma que teus pensamentos possam continuar a ajudar as pessoas!
    Concordo quando diz que hoje em dia as pessoas não valorizam as pequenas coisas, o simples está muito difícil e chato de se fazer, a final de contas, pra que eu vou andar a pé para uma praça, se eu posso ficar trancado no meu mundinho, e criar minha própia cidade atravez de um "joguimho" de computador. Quem tem esse tipo de pensamento, eu recomendo que comece a rever seus conceitos, pois a vida é simples e bela, somos nós que a dificultamos, e além da vida ser bela, ela é muito curta!

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  2. Olá.
    Gostei do seu blog, tem conteúdo, parabéns. Eu acho que quando a maioria das pessoas acorda pro fato de que não aproveitaram a vida, é quando já é tarde, quando já não tem saúde ou a juventude se foi. Triste né...

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