Por mais que o ser humano seja tão falho, possuímos
valor. A nossa essência faz com que muitos se aproximem, se manifestem ao nosso favor, compartilhe momentos e palavras confidenciais, mesmo que sejamos tão diferentes...
Contudo, quando perdemos essencialidades, ou transmitimos nosso valor a quem "usa e joga fora", tendemos a enxergar a realidade muito tarde. Até mesmo, começamos a querer transpassar quem somos, no entanto, nossas impulsividades nos atrapalham, afastando-nos cada vez mais, não dando aquele valor àqueles que sempre nos faziam bem.
O problema é que os indivíduos que "usam e jogam fora" nos fazem sentir completamente vazios e sem nenhuma força para reconquistar aquele que nos valorizavam.
O valor de uma pessoa é tão grande, que quando perdemos queremos consertar o erro, e o erro se propaga em explicações vazias, em mais afastamento.
Existem duas perdas: aquelas que perdemos por realmente só desconsiderar a pessoa; outras por nos atrapalharmos em expressar aquilo que sentimos.
A primeira é tarde demais reconciliar. Infelizmente, essa pessoa vive em um mundo de falsidades, de vingança, de aproveitamento. Tais aprendem sozinhas, quando todos os verdadeiros dão as costas, e se tiver caráter, aprende. Pelo contrário, continua pensando ser rodeado de "felicidade". Um indivíduo assim é frio, só usa palavras para se sentir mais querido.
Porém, há um momento que ninguém quer oferecer mais e receber frieza.
A segunda é o famoso "medo" de se expressar, e aos poucos, quando vai se desenvolvendo tal sentimento, pode ser tarde para alguém compreender. Começamos a criar atitudes que convém a alegria do outro, no entanto, a impulsividade é tanta que quanto mais tentamos, mais nos afastamos. Teria solução? Com certeza, sim. Tive esse pensamento, ontem... Não precisamos criar meios de dizer "Eu te valorizo, tá vendo?!". Todavia, tentar expressar o nosso "jeito estranho de apreciar e valorizar" alguém. Isso exige compreensão, muitas compreensão. Nem sempre o que pensamos ser desvalorizado, seja. Às vezes, temos conceitos em nossa cabeça e queremos transpassá-las a quem tem um determinado sentimento de valorizar.
Bastante complicado, né?! Entretanto, seja complicado ou não nosso jeito de valorizar, valorizemos. Porque nada é pior do que perder alguém sem ao menos dizê-la o quanto sentia, o quanto era especial, o quanto tudo que foi passado não era em vão, e perdoâ-la pelos erros cometidos e pelos dela também.
De nada adiantará sermos orgulhosos o bastante, a ponto de dizer: Tal pessoa nunca me deu valor. (Mesmo sendo da forma dela e não do que imagina).
Enquanto, aqueles que são da primeira classe, deixe isso de lado. Os melhores são os que ficam.
Dedico esse texto àqueles que sabem que valorizo, os que pensam que nunca valorizei, e principalmente, àqueles que dei valor e depois reconheci a "outra face", e continuam pensando que darei um dia valor... Isso só se mudar bastante! Se mudar...
Abraços, Thaís.